Apoio ao cidadão reforçado na Junta de Freguesia

por Marisa Ribeiro

A proximidade e resposta às necessidades dos cidadãos é a razão da existência da Junta de Freguesia de Cardielos. Nesse sentido, justifica-se a presença de Gil Monteiro, funcionário da Direcção Geral de Contribuições e Impostos e Contribuições, todas as terças-feiras, à noite, nas instalações da Junta para auxiliar no preenchimento do IRS, em papel e em suporte informático. Também na Junta e pelos caminhos da freguesia têm estado a Joana Felgueiras e o Diogo Machado para distribuir, recolher e esclarecer as dúvidas no preenchimento dos Censos 2011.

Ajuda no preenchimento do IRS

O preenchimento do IRS é para muitos uma dor de cabeça, nomeadamente para as pessoas de mais idade. Apesar de já estar disponível a entrega pela internet, muitos ainda preferem o “palpável” papel, onde os quadradinhos de preenchimento necessitam de contas bem-feitas e ponderadas. Desde o princípio de Março, o especialista na matéria, Gil Monteiro, teve uma série de “clientes” que aproveitaram este serviço gratuito e útil que a Junta disponibiliza há vários anos. Além do preenchimento, Gil Monteiro faz ainda a entrega do IRS nas finanças, o que poupa constrangimentos de tempo para enfrentar filas de espera.

Terminado o período de entrega em papel do Modelo 3 (trabalhadores dependentes e pensões), Gil Monteiro prossegue o trabalho prestando auxílio na Junta, nos mesmos moldes, àqueles que têm senha e vão entregar o Modelo 3 pela internet.

A corrida à Junta tem-se também feito sentir por causa do preenchimento dos Censos 2011. Passados 10 anos, desde o último recenseamento, a população portuguesa é impelida a contribuir para o XV Recenseamento Geral da População e o V Recenseamento Geral da Habitação.

Planeada e montada pelo INE (Instituo Nacional de Estatística), há cinco anos, a operação permitirá, em cerca de um mês, adquirir os dados estatísticos que serão tratados de forma rigorosa e confidencial. A novidade destes Censos é o e-censos que, por ser a primeira vez que é usado em Portugal, tem levado as pessoas que não dominam as tecnologias da informação e comunicação a recorrer aos recenseadores nas freguesias. O e-censos, apesar de por vezes o sistema bloquear, está a ser muito procurado. Segundo dados do INE até 28 de Março, já se tinham recenseado cerca de 2,5 milhões de pessoas e 1 milhão de alojamentos, em apenas 10 dias de funcionamento on-line.

Joana Felgueiras e Diogo Machado – os recenseadores
Em Cardielos, depois de distribuírem a documentação entre 7 e 20 de Março, a Joana e o Diogo voltam agora seus esforços para o auxílio ao preenchimento dos inquéritos e sua recolha. As perguntas por vezes deixam margem para dúvidas, mas os recenseadores formados para o efeito rapidamente esclarecem sobre o que é pedido, permitido ou não permitido. A auxiliar nas operações encontra-se a Sofia Parente, enquanto coordenadora.

Esta operação estatística conta naturalmente com o apoio das Câmara Municipais e Juntas de Freguesia para ser mais fácil chegar a toda a população residente ou presente em Portugal.

Os cidadãos, aos responderem aos Censos, estão a exercer o direito e o dever de cidadania inerente a um estado democrático, inclusive a não resposta é passível de ser multada porque a resposta aos Censos é obrigatória por lei.

Até 24 de Abril, os recenseadores de Cardielos vão passar pelas várias residências a fim de recolheemr os questionários, previamente entregues e que forem preenchidos no papel. O prazo para entrega pela internet termina já a 10 de Abril.

Neste período de recenseamento fica no ar a possibilidade de estes serem os últimos Censos feitos em Portugal. Noutros países já não se fazem nestes moldes e a própria presidente do INE defende o fim do actual processo de recenseamento que, no futuro, deve passar antes pelo cruzamento de dados existentes nos organismos públicos, como pode ler-se no Diário Digital.

Assim, com dados de qualidade e passíveis de serem tratados de forma estatística, provenientes das bases de dados da segurança social, do cartão do cidadão, do imposto sobre imóveis, poderá ser possível diminuir os custos elevados inerentes a todo este processo.

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