Formar em arte floral e artesanato

por Marisa Ribeiro

A Associação Regional dos Agricultores do Alto Minho (ARAAM) promoveu, na Junta de Freguesia de Cardielos, uma formação certificada de arte floral e artesanato que funcionou de Março a Maio com 19 participantes. A formadora Carla Dias mostrou-se agradada com a iniciativa e com a turma que revelou ser criativa e passar no teste.

Este curso teve como objetivo utilizar de forma criativa aquilo que a natureza dá, como explicou a formadora, que foi auxiliada por Catarina Oliveira e Ana Diogo em alguns módulos. Ao longo de 200h diurnas, os alunos aprenderam a identificar flores e os princípios elementares de adorno, as flores de corte, folhagem e plantas ornamentais, a normalização de flores e folhagens de corte, as normas de atendimento comercial e a conservação e gestão de stocks.

Esta formação teve, desde logo, muita procura, estando inscritas mais de 20 pessoas. Porque começaram a trabalhar ou porque não se identificaram alguns inscritos acabaram por desistir, ainda assim, foi um grupo numeroso que terminou. Estas formações são um enriquecimento não só a nível de capacidades, como uma oportunidade de contornar o desemprego ou o tempo livre que pode, desta forma, ser rentabilizado. Depois desta etapa, os alunos demonstraram o desejo de aprender ainda mais e a expectativa consiste em saber se ocorrerão outras formações do género.

A formadora Carla Dias considerou que se trata de “são pessoas que, na maioria, são capazes de trabalhar numa loja de arte floral, claro que há coisas que não são capazes, mas limitamo-nos ao programa”.

O curso despertou interesse, pois “a arte floral vai beber a todas as fontes”, explicou a formadora. Na apreciação global à turma Carla frisou que “safam-se muito bem numa loja, são pessoas simpáticas, esforçadas, trabalhadoras, com vontade de aprender, trazendo vivências e tradição que convocam para a arte floral”.

Os trabalhos foram muito elogiados e, muitas vezes, os artistas estiveram no espaço amplo em frente à junta de freguesia a executar as tarefas. “Hoje em dia só se consegue ganhar dinheiro se houver criatividade (…). A natureza oferece-nos a matéria prima e se conseguirmos transformar sem comprar nada é excelente”, justificou Carla a pertinência do curso.

As formações nas freguesias facilitam a adesão e diminuem os custos aos formandos, aumentando o nível de formação e capacidades das pessoas. Daí que seja preocupação do executivo continuar a apoiar este género de atividades, sempre que isso responda às necessidades dos habitantes.

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